Uma história de amor
Vestiu-se ansioso. Tomou café. Chegou à
escola. O sino tocou. Estava oficialmente aberto o ano letivo. Jorge
rapidamente se dirigiu a sala de aula tomada por estranhos. Ninguém,
absolutamente ninguém, era seu conhecido.
A
professora entrou. Logo, começaram as formalidades. Apresentações, falas,
risos, timidez... Cada um era respeitado em sua singularidade. Passam-se
apresentações e mais apresentações, até que chega a vez de Jorge. Com os lábios
ressecados pelo nervosismo e com as pernas bambas de timidez, profere simples e
rápidas palavras.
Do outro lado da sala, bem longe de
nosso herói, está Maria. Linda, meiga, comunicativa e popular. Quando se
apresentou, não transpareceu, nem por um minuto, seu nervosismo – se é que ela
tinha. Sinceramente, acho que essa palavra nunca esteve presente na vida dessa
menina.
As aulas daquele dia foram terminando e
nosso herói ainda não tinha se enturmado com muita gente. Todavia, alguém
naquela desgastada e velha sala tinha lhe chamado atenção.
Pronto para mais um dia de aula e disposto
a ir conversar com Maria, ele entra na escola. Mas, sua timidez o faz mudar
rapidamente de ideia. Entra na sala. Ela estava rodeada de amigas conversando
enquanto o professor não chegava.
De sua cadeira o menino observava
discretamente sua colega. O jeito como ela mexia no cabelo o fascinava. O seu
sorriso fazia-o voar. Até o simples piscar de olhos da menina lhe deixava
feliz.
Os dias foram passando e o garoto
descobriu que estava apaixonado por Maria. E, finalmente, resolveu procurá-la.
Já tinha um plano em mente: iria começar sendo amigo dela, para depois
conquistá-la. E assim fez. Encorajou-se. Esqueceu a timidez. Arrumou o cabelo.
Deu aquela arrumadinha básica no colarinho e foi.
Quando chegou perto dela até o seu âmago
tremia, mas não deixou que isso transparecesse. Começou falando sobre uma
tarefa e depois já estavam criando um vínculo. Amigos? Para a garota sim.
A cada intervalo que se passava a
amizade aumentava. E assim continuaram.
Mas, Jorge – manipulado pela timidez e
pelo medo – não tinha coragem de dar continuidade ao plano. Sofria sozinho. O
amor e amizade coexistiam dentro daquele pequeno e frágil ser.
Ele, por medo, esqueceu o plano.
Ela, linda e sedutora, continuou a ficar
mais íntima do jovem.
O tempo foi passando, as séries
aumentando, a amizade se solidificando e nada mais acontecia.
Hoje, a menina virou confidente do
menino que nunca contou que a ama. E, o menino ainda guarda em seu doce e
frágil coração o amor que espera um dia oferecer a jovem.
Tomara que em um dia qualquer, a coragem
que o possuiu no dia em que falou pela primeira vez com a garota volte, e ele
possa dar continuidade ao plano já esquecido em sua mente, mas vivo em seu
coração.
4 comentários:
Gostei do seu texto Dalvan! Acredito que precisa revisar algumas questões de adequação de tempo verbal e narrativa. Por vezes ele parece um roteiro de teatro em outros um conto! Mas o caminho é esse!
Abraços
www.causoseprosas.com.br
Obrigado, Luisa Aranha!
É quem nunca teve uma paixão de escola, não sabe o que é viver uma grande emoção, linda história, amo os seus textos.
Verdade, Edimara Freire! Paixão de escola é intensa e inesquecível... rsrsrs Muito obrigado!
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