quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Um natal não tão feliz


A cidade. Papelão. Sonhos. Sujeira. Desejo. Frio. Persistência. Rua. Fé. Fome. Esperança. Ânsia. O menino. A mãe. O cachorro. Tubarão.
Uma vida difícil. Véspera de natal. Falta comida. Barriga vazia. A mãe com fome há cinco dias. O menino alimentado com lixo e esperança. Esperança da visita de Papai Noel.
Noite. Escuridão. Frio. Fome. Um barulho. Um possível ho, ho, ho. O menino quase acorda. Mas volta a dormir. Alimenta o cérebro de esperança. Sonhos. Agonia. Gemidos. O grito. A mãe.
Dia. Sol. Natal. Renascimento. O menino com olhos limpos. A visão. Um corpo esticado. Um velho lençol vermelho o envolvendo. Não era Papai Noel. Sua mãe experimentava do sono eterno.
O fim. O cachorro. O corpo. O abraço. O pisca-pisca queimado. O menino. O medo. O coração queimado. O futuro também queimado.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Livre. Lua. Leve


Em um desses fins de tarde, “a boca da noite” como costumam chamar, nos quais o alaranjado do sol fervente dá lugar ao azul frio e escuro da noite eu sentava em minha calçada na cadeira mais traiçoeira de todas – acredite: quando ela quer ser má ela consegue. Outro dia minha tia subiu nela para limpar uma prateleira e adivinha o que aconteceu? Isso mesmo, a cadeira amoleceu as pernas, bombeou e quase derrubou ela. Mas a crônica de hoje não é sobre as maldades frias da cadeira vermelha. Longe disso! Isso pode ficar para a próxima. Ah, que fique logo bem claro: ela não tentou nada comigo! Gosto das coisas explicadas, principalmente para o caso de a cadeira estar, nesse momento, esmerilhando concentrada em minhas palavras.
Então, estava nesse cenário pitoresco quando olhei para o céu e além dos pontinhos cor de ouro que surgiam incontrolavelmente rápido a vi, a Lua. Redonda, grande e de um branco transparente acinzentado. Ela estava linda. Uma graça. Fechei e coloquei Clarice no colo para ficar apreciando a Lua. Nesse exato momento, o relógio marcou dezoito horas, o padre rezou a “Ave Maria”, a vizinha trouxe uma cadeira, juntou-se a mim na calçada e a minha tia chegou. Pronto! Foi só ela me achar admirando nosso satélite natural para começar a falar que eu estava apaixonado.
Ouvi aquilo e apenas sorri. Mas meu cérebro trabalhava: Quem inventou essa história de que só observa a Lua quem está apaixonado? Por isso, agora lhe pergunto o mesmo, caro leitor. Quero saber sua opinião sobre isso. Você acha que isto está certo? Olha, nem se esquiva que de mim você não escapa. Quero ouvi-lo! Mas para facilitar as coisas para você irei continuar escrevendo e vou contar o que penso disso.
É o seguinte: primeira lei da vivência humana: se Deus te deu um par de olhos, foi para olhar T. U. D. O! (Juro que não é propaganda de meu livro, mas se você ainda não leu, basta procurar a opção no menu para ser direcionado até ele) Olhar qualquer coisa a qualquer momento. Os olhos servem para apreciar as coisas que não podem ser tocadas por nenhuma outra parte de nosso corpo. Os olhos desejam, satisfazem-se, denunciam, observam, amam, comem... Sendo assim, eu, você, tu, ele, nós, vós, eles podemos observar o que quisermos, o que bem entendermos. Olhar tal coisa não significa tal coisa. Só você sabe o significado de seus olhares. Portanto, não venha com essa de que se olhar para a Lua, está apaixonado.
Dito isso, acrescento outra coisinha: por que a Lua tem de ser sinônimo de amor, romantismo, namoro? Só por que os casais resolvem se amar durante a noite e usam seus olhos para admirar esse astro não significa que ele seja símbolo do amor. A Lua é linda e independente! Quem pensa que ela morre de amores pelo Sol e sofre por não poder estar perto dele se engana. Ela vive é solteira curtindo a noite com suas inúmeras amigas douradas e pegando o maior número possível de meteoros. Ela só quer saber de iluminar, sorrir, espalhar luz e alegria. Amor? Amor não ilumina nada. Depois de um tempo de luz intensa a escuridão chega para todos. Por isso, a Lua quer saber de amar os momentos. Muda a cada fase. O tempo nunca está ruim para ela. Se está cheia de tudo, vira nova. Muda para o novo. Se está minguante, cresce que é uma beleza. Sofrimento não dura muito para ela. Portanto, quero aqui desconsertar esse pensamento, pois minha amiga Lua não sugere uma figura romântica abobada.
Pois é, quando alguém me vir olhando esse astro inigualável estarei apreciando sua beleza e a singularidade do momento. Para penar no amor leio meus amigos do Romantismo.
E você, concorda ou discorda? A que conclusão chegou? 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

10 MIL VISUALIZAÇÕES: 10 fatos sobre mim


Oi! 10 mil acessos! Isso mesmo! Ainda não estou acreditando! Muito obrigado a cada um que acessou meu blog. Essa marca pode parecer insignificante e pequena para alguns, mas para mim é gigante, é a realização de um sonho. Muito obrigado a cada um que partilhou isso comigo. Muito obrigado mesmo! Sintam-se virtualmente abraçados por mim. Que Deus ilumine a todos e possibilite mais 10 mil acessos. Vamos comemorar! Gritar! Pular! Sorrir! #10K (Já vou aproveitar para divulgar a fanpage do blog para vocês curtirem e pedir para me seguirem aqui no Blogger e no Google +. rsrs)


E, para comemorar, trago a tag “10 fatos sobre mim”. Espero que gostem!

1 TENHO 18 ANOS

2 FAÇO ANIVERSÁRIO EM 17 DE JANEIRO

3 SOU CAPRICORNIANO

4 MINHA ESCRITORA FAVORITA É CLARICE LISPECTOR

5 SONHO EM SER UM ESCRITOR BEM-SUCEDIDO

6 JÁ CHOREI LENDO LIVROS

7 ODEIO PESSOAS QUE FINGEM SER O QUE NÃO SÃO

8 AMO CACHORROS

9 NÃO ME CONTROLE QUANDO ENTRO NA “ESTANTE VIRTUAL” E ACABO COMPRANDO EM DEMASIA

10 VIVO SONHANDO E PLANEJANDO O MEU FUTURO


E é só! Espero que tenham gostado. Grande beijo e até a próxima quarta. Ah, comentem o que acharam.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sobre arriscar


A vida é feita de riscos. Não tenha medo deles. Arrisque. Não arriscar é não se permitir. É não se entregar. É não experimentar. É não viver. De que adianta um corpo, uma alma e uma vida, se não se está experimentando, sentindo, procurando viver? Coloque em sua mente que mesmo não fazendo nada, ficando apático a tudo, trancando-se em um mundo só seu, vivendo e convivendo somente consigo mesmo a vida dá um jeito de te mandar riscos. Você não está imune a eles. Eu não estou imune a eles. Então, se não podemos nos livrar do problema, fazemo-lo parecer menor, menos feroz e mais amigável. Atraente para ser enfrentado. Arrisque. Voe sem medo. Pule mesmo. Podem te achar louco? Claro! Hoje todo mundo acha alguma coisa, mas não se preocupe. Arrisque, ache sua felicidade e deixe pensarem que você encontrou a loucura.